Não tenho deixado de notar, para imensa tristeza minha, que realmente as prioridades e, consequentemente, os valores de uma grande parte da comunidade praxística portuense sofrem de uma incoerência gritante e preocupante.
Não é a primeira vez, longe disso, que me tenho deparado com casos de pessoas (e cada vez são mais) que defendem a Praxe, vão à Praxe, fazem Praxe, e que, pelos eventos realmente tradicionais que deveriam ser sagrados para qualquer (bom) praxista, nutrem um total desinteresse, e por vezes até desrespeito.
Ora isto, vindo de pessoas que supostamente são parte do "núcleo duro" da Praxe da sua Casa ou curso, não deixa de ser altamente hipócrita e incoerente.
Isto apenas vem revelar uma coisa: o estado de valores decadentes que a Praxe tem vindo a assistir.
Ultrapassa a minha compreensão que, pessoas que aparentemente estão dispostas (e realmente estão) a dar o corpo ao manifesto, estando presentes sempre que podem nos "momentos" de Praxe, não o estejam em situações que realmente deveriam estar, até porque, digamos em boa verdade, são muito mais importantes e significativas do que a maior parte dos outros "momentos".
Não me impute ninguém a tentativa de retirar importância a esses outros "momentos", nada disso. Apenas é um argumento lógico (explicado historicamente, logo tradicionalmente) que momentos como as Serenatas, as Imposições de Insígnias, os Cortejos, as Garraiadas, os Baptismos e as Latadas são mais tradicionais do que um dia qualquer de Praxe nocturna ou do que uma jantarada entre amigos. Num tom mais pessoal e provocatório, diria mesmo que são obrigatórios para qualquer praxista que se preze.
Estes momentos são, per si, a própria Praxe.
A Praxe Académica desenhada pelas quase mesmas linhas em que era desenhada por iguais de capa e batina à 20, 40, 60 e 80 anos atrás, sendo as serenatas datadas já do século XV até.
Quem não dá a devida importância, e acima de tudo, quem não "sente" estes momentos ímpares, está a perder uma toda essência que alicerça toda a Praxe Académica (ou deveria alicerçar), que é o "sentimento", o amor quase idílico que se desenrola nestes momentos entre estudantes e Praxe.
Cada vez mais é costume assistir-se a um total desinteresse das pessoas, nomeadamente na Monumental Serenata (para exemplificar). Uma vasta massa de pessoas apenas comparece lá para se encontrarem com os amigos, beberem umas cervejas e depois irem para o queimódromo. É-lhes muito seca estar de pé a ouvir "aquilo" até ao fim. Ora isto é a mais plena demonstração da falta de sentimento Académico e mesmo praxístico.
Mas nisto, já estou como o outro, que não queiram lá estar, que vão embora e não perturbem.
Quanto aos que lá ficam, e não sabem estar em condições, a esses dedico uma visão diferente.
Pois bem, é incompreensível que muitos desses ditos praxistas dos sete costados, aquando de um evento tão importante e nobre, não saibam estar de acordo com a própria Praxe que dizem tanto gostar. Se calhar gostam dela pelas razões erradas, busca de um pseudo-poder, quiçá, pseudo-valorização pessoal... Enfim, qualquer coisa.
Mais surpreendente é o facto de a própria Praxe, como um mecanismo, não responder a estes verdadeiros e alarmantes atropelos!
Na Serenata, assistimos a pessoas a falarem alto, a rixas entre faculdades (chegando mesmo a vias de facto), vendedeiras a venderem cerveja a alto e bom som, a vendedores de pipocas, enfim, a uma toda multidão paralela que, enquanto corre a serenata, está totalmente alheia a esta!
Longe vai o tempo em que na Sé (antigo local da Monumental Serenata) não se ouvia uma mosca, sendo o silêncio absoluto... Realmente este facto diz muito, ilustra perfeitamente a latente mudança de mentalidades por parte dos estudantes...
Rapam-se gajos por muito menos, fazem-se julgamentos e praxes por quezílias insignificantes... Curioso e irónico é que nada se faça quando o nome e a essência da própria Praxe sofrem "atentados" desta espécie... Se calhar a essência foi deturpada, não sei. Serão já conjunturas hipotéticas minhas. Mas realmente é o que parece, talvez seja mais importante andar a rebolar na lama ou a empranchar do que fazer silêncio na Serenata ou saber trajar em condições...
Quanto a mim, não partilho dessa vertente.
Estou e estarei sempre até ao fim das Serenatas (e afins eventos "pedras basilares") até gritar de plenos pulmões o FRA pela Academia. Nem que seja um grito pela utópica Academia que concebo, que o seja, nesse caso será bem mais sentido então.
Enfim, e vão assim as coisas...
Não é a primeira vez, longe disso, que me tenho deparado com casos de pessoas (e cada vez são mais) que defendem a Praxe, vão à Praxe, fazem Praxe, e que, pelos eventos realmente tradicionais que deveriam ser sagrados para qualquer (bom) praxista, nutrem um total desinteresse, e por vezes até desrespeito.
Ora isto, vindo de pessoas que supostamente são parte do "núcleo duro" da Praxe da sua Casa ou curso, não deixa de ser altamente hipócrita e incoerente.
Isto apenas vem revelar uma coisa: o estado de valores decadentes que a Praxe tem vindo a assistir.
Ultrapassa a minha compreensão que, pessoas que aparentemente estão dispostas (e realmente estão) a dar o corpo ao manifesto, estando presentes sempre que podem nos "momentos" de Praxe, não o estejam em situações que realmente deveriam estar, até porque, digamos em boa verdade, são muito mais importantes e significativas do que a maior parte dos outros "momentos".
Não me impute ninguém a tentativa de retirar importância a esses outros "momentos", nada disso. Apenas é um argumento lógico (explicado historicamente, logo tradicionalmente) que momentos como as Serenatas, as Imposições de Insígnias, os Cortejos, as Garraiadas, os Baptismos e as Latadas são mais tradicionais do que um dia qualquer de Praxe nocturna ou do que uma jantarada entre amigos. Num tom mais pessoal e provocatório, diria mesmo que são obrigatórios para qualquer praxista que se preze.
Estes momentos são, per si, a própria Praxe.
A Praxe Académica desenhada pelas quase mesmas linhas em que era desenhada por iguais de capa e batina à 20, 40, 60 e 80 anos atrás, sendo as serenatas datadas já do século XV até.
Quem não dá a devida importância, e acima de tudo, quem não "sente" estes momentos ímpares, está a perder uma toda essência que alicerça toda a Praxe Académica (ou deveria alicerçar), que é o "sentimento", o amor quase idílico que se desenrola nestes momentos entre estudantes e Praxe.
Cada vez mais é costume assistir-se a um total desinteresse das pessoas, nomeadamente na Monumental Serenata (para exemplificar). Uma vasta massa de pessoas apenas comparece lá para se encontrarem com os amigos, beberem umas cervejas e depois irem para o queimódromo. É-lhes muito seca estar de pé a ouvir "aquilo" até ao fim. Ora isto é a mais plena demonstração da falta de sentimento Académico e mesmo praxístico.
Mas nisto, já estou como o outro, que não queiram lá estar, que vão embora e não perturbem.
Quanto aos que lá ficam, e não sabem estar em condições, a esses dedico uma visão diferente.
Pois bem, é incompreensível que muitos desses ditos praxistas dos sete costados, aquando de um evento tão importante e nobre, não saibam estar de acordo com a própria Praxe que dizem tanto gostar. Se calhar gostam dela pelas razões erradas, busca de um pseudo-poder, quiçá, pseudo-valorização pessoal... Enfim, qualquer coisa.
Mais surpreendente é o facto de a própria Praxe, como um mecanismo, não responder a estes verdadeiros e alarmantes atropelos!
Na Serenata, assistimos a pessoas a falarem alto, a rixas entre faculdades (chegando mesmo a vias de facto), vendedeiras a venderem cerveja a alto e bom som, a vendedores de pipocas, enfim, a uma toda multidão paralela que, enquanto corre a serenata, está totalmente alheia a esta!
Longe vai o tempo em que na Sé (antigo local da Monumental Serenata) não se ouvia uma mosca, sendo o silêncio absoluto... Realmente este facto diz muito, ilustra perfeitamente a latente mudança de mentalidades por parte dos estudantes...
Rapam-se gajos por muito menos, fazem-se julgamentos e praxes por quezílias insignificantes... Curioso e irónico é que nada se faça quando o nome e a essência da própria Praxe sofrem "atentados" desta espécie... Se calhar a essência foi deturpada, não sei. Serão já conjunturas hipotéticas minhas. Mas realmente é o que parece, talvez seja mais importante andar a rebolar na lama ou a empranchar do que fazer silêncio na Serenata ou saber trajar em condições...
Quanto a mim, não partilho dessa vertente.
Estou e estarei sempre até ao fim das Serenatas (e afins eventos "pedras basilares") até gritar de plenos pulmões o FRA pela Academia. Nem que seja um grito pela utópica Academia que concebo, que o seja, nesse caso será bem mais sentido então.
Enfim, e vão assim as coisas...
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